CONAB - Conjunturas da agropecuária - 12 a 16/10/20

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20/10/2020
Publicado em

MERCADO EXTERNO

Mesmo com a pandemia, o valor da produção colombiana de café deve bater os 9 trilhões de pesos, mais de 23% de aumento em relação à safra passada. Segunda a Associação Nacional de Exportadores de Café, preços
internacionais elevados e desvalorização do peso colombiano foram os responsáveis por esse grande aumento.

As tempestades na Ásia acabaram alarmando o mercado, mas a produção de café robusta no Vietnã não foi afetada. O problema no país é o contrário do visto no Brasil: lá a preocupação é se as chuvas continuarem e, nesse cenário, passarem a prejudicar as plantas.

Os estoques certificados na Bolsa de Nova Iorque cresceram cerca de 20.000 sacas na semana, acréscimo importante em relação ao que foi visto nas últimas semanas. Já os estoque de café conilon caíram, enquanto a oferta
também foi reduzida, com uma produção global entre outubro de 2019 e setembro de 2020 2,2% abaixo do mesmo período nos anos anteriores.

MERCADO INTERNO

Ocorreu de forma virtual a segunda edição do Fórum Técnico “Café e Clima” pela Cooxupé – Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé. Nele, foram apresentados prognósticos acerca da produção, com os
problemas de clima que o sudeste sofreu e no período, mostrando que a produção tende a sofrer muito para a próxima safra.

As exportações brasileiras, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações do produto em setembro foi um recorde histórico, batendo 3,8 milhões de toneladas. 8,6% acima do exportado no mesmo período do ano passado.

Ainda assim, esse valor poderia ser maior, pois um problema decorrente da pandemia foi que, com a diminuição da atividade econômica, houve uma queda no fluxo comercial global e, com isso, está difícil exportar café, pois estão faltando contêineres e navios nos portos para escoar os produtos agrícolas.

Momento de preços estáveis, tanto para o café arábica como para o robusta. Para o café arábica, os aumento de preços veio mesmo com as chuvas e com os problemas da pandemia nos EUA e Europa, pois o dólar em elevação na semana e a recuperação no preço de várias commodities sustentaram o
aumento visto no produto.

Já o café conilon, mesmo com a já citada queda nos estoques europeus, teve seu preço praticamente inalterado na semana, afetado pelas novas medidas de isolamento social na Europa, que deve afetar a demanda pelo produto.

DÓLAR

O dólar iniciou a semana cotado em R$ 5,52 e fechou a sexta-feira cotado em R$ 5,64, com uma alta de 2,14% na semana, voltando a subir e atingindo o segundo fechamento mais alto do ano. Isso se causou pelo aumento de casos de coronavírus na Europa e nos EUA, o que gera fuga de capitais de
emergentes.

A tendência do dólar para a próxima semana é de baixa, com o acordo comercial entre EUA e Brasil dando o tom no início da semana.

DESTAQUE DO ANALISTA

Dentre os fatores determinantes da produtividade, vale ficar de olho nas chuvas do período para procurar entender a extensão das perdas para a próxima safra.

Para o curto prazo, aguardar os termos do acordo entre Brasil e EUA, pois pode afetar demanda e o preço do dólar.

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