Exclusivo: Mesmo com o aumento nos preços, o café ainda é um alimento acessível?

Embora o preço do produto nas gôndolas tenha sofrido reajuste devido à seca e às geadas recentes, o que provocou uma quebra na safra, ele segue como prioridade na mesa do consumidor

Mesmo com o aumento, o café ainda é um alimento acessível
Crédito: Freepik
06/09/2021
Publicado em

Quem ama café e não consegue passar um dia sem tomar aquela xícara quentinha para iniciar bem o dia já se deu conta que o preço do produto aumentou. Basta uma rápida ida ao supermercado para perceber que o café está mais caro. Os motivos  são a seca e as geadas recentes, responsáveis por provocar uma quebra na safra. Somadas ao cenário desfavorável já instalado, – câmbio em alta, aumento nos custos dos insumos, volume das safras e continuação da pandemia – a previsão é de que a variação será de 35% a 40% no valor do produto final até o final de setembro. 

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Café é um alimento acessível

Embora esse aumento seja o maior registrado em 25 anos no país, o café continua sendo um alimento acessível. De acordo com Celírio Inácio, Diretor Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o produto é altamente rentável: “Um quilo de café pode render até 14 litros da bebida, o equivalente a  250 xícaras de 50 ml. Embora o preço do pacote varie de acordo com o local ou com o ponto de venda, é um alimento que dura um bom tempo na despensa”.

Variáveis que influenciam o preço final da bebida

Para que o café chegue à mesa dos brasileiros, o grão passa por variadas etapas. São muitos os fatores que impactam no preço final que encontramos na gôndola, como o câmbio em alta, o aumento nos custos dos insumos, o volume da safra, o clima e a continuação da pandemia. 

Segundo um estudo feito pela ABIC, no período de dezembro/2020 até julho/2021, a matéria-prima está em média 82% mais cara. Porém, nas prateleiras, o reajuste de preço do café atingiu a média de 15,9% para o mesmo período, porcentagem muito abaixo dos 57% de aumento na média dos demais produtos da cesta básica, como o leite, o arroz, o óleo de soja e o feijão.

Com base nesses fatores, a indústria, infelizmente, não é capaz de evitar o repasse para o consumidor. Celírio Inácio alerta que sem o reajuste haverá um comprometimento na sustentabilidade do negócio: “Para que o consumo de cafés de qualidade seja mantido é necessário compreender o reajuste que a prateleira irá apresentar. O consumidor também precisa ficar atento e desconfiar daquelas marcas que oferecem preços muito baixos”.

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Consumo do café

O Brasil se manteve na posição de segundo maior consumidor de café do mundo e, apesar do cenário pandêmico, a procura por café seguiu seu ritmo de crescimento. O país registrou alta de 1,34% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar das preocupações com o impacto econômico, os efeitos sociais e o bem-estar das pessoas têm grande relevância nessa engrenagem. O café sempre será um bom companheiro para superar crises. Hoje, no Brasil, temos cafés para todos os gostos e bolsos.

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Redação: Usina da Comunicação

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