ABIC educa apresenta pesquisa de perfil do consumidor

Objetivo é ajudar Associados a entenderem melhor o consumidor

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09/05/2022
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Na última quarta-feira de abril, dia 27, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), apresentou o terceiro ABIC Educa do ano. O foco do encontro foi  a pesquisa “Perfil do consumidor de café que busca qualidade”, encomendada pela ABIC e realizada em parceria com a Coffe Hub SP, empresa de inteligência de mercado especializada no setor.

O estudo traz a visão de 5.460 apreciadores e apreciadoras de café sobre o produto, com mais de 180 mil respostas. A investigação  é a maior já produzida sobre consumo de café no Brasil. Realizado no segundo semestre de 2021, ele retrata a realidade em 14 municípios brasileiros, revelando a força do produto em todas as regiões do país. As cidades participantes foram: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Brasília (DF), Curitiba (PR), Belém (PA), Uberaba (MG), Petrolina (PE), Feira de Santana (BA), Novo Hamburgo (RS), Caxias do Sul (RS), Maringá (PR) e  Blumenau (SC).

Celirio Inácio, Diretor Executivo da ABIC, em sua fala de abertura, reforçou o compromisso da entidade em ajudar os Associados a entenderem o contexto do setor. A análise feita pela Coffee Hub pretende responder uma grande dúvida do segmento: como fazer o café ser mais valorizado? “Nós queremos ajudar nossos parceiros a encontrar esse caminho”, afirmou Inácio.

[ABIC realiza a maior pesquisa sobre o consumo de café já feita no Brasil]

Café sempre é visto de modo positivo

A palestra foi conduzida por Giuliana Bastos, do São Paulo Coffee Hub. A especialista  apresentou a pesquisa para os 60 associados presentes, cujo objetivo era detectar o que estimula o consumo de determinadas categorias de cafés. Foi identificado três tipos de consumidores: o público geral (83%), que consome café de modo rotineiro e não se aprofunda no assunto, os entusiastas (12%), que buscam produtos diferenciados e entendem um pouco mais do tema, e os especialistas (5%), que compram cafés especiais e possuem conhecimento técnico da área.

O que se destacou, em todos os públicos, foi o ato de tomar café como algo relacionado a sentimentos, como prazer. Para Ricardo Maruo, Head de pesquisas da Coffee Hub, os dados mostram que a bebida é sempre vista de modo positivo: “Descobrimos que o café é visto como uma situação, e nunca é uma situação ruim”, aponta. Um exemplo citado por Maruo, é que mesmo quando as pessoas consomem uma bebida que não agrada, elas culpam o modo de preparo, nunca o produto em si.

Público entusiasta e café superior são aliados na hora de explorar novas formas de venda

Na apresentação, Giuliana apontou que o público entusiasta é o mais aberto às novidades, sendo um bom foco para testar novos produtos. Apesar de consumirem, primariamente, cafés tradicionais, eles se mostram mais abertos aos superiores, gourmets e especiais. Nesse sentido, eles diferem do público geral e especialista, com hábitos de consumo mais solidificados, seja pela rotina ou pelo conhecimento.

O café superior também foi apontado como uma ponte para novas formas de consumo. De acordo com Giuliana, essa categoria é pouco explorada para o público geral: “Para os consumidores de cafés tradicionais/extrafortes, o gourmet e o especial representam um investimento muito grande, além de, por vezes, necessitarem de outros utensílios para serem consumidos”. Já o superior é um passo mais acessível, que pode levar a um novo momento de consumo, mas sempre aliado à criação de uma nova sensação, “É preciso conectar esse produto a momentos de alegria e felicidade”, explica.

Pesquisa foi bem recebida por associados

Os industriais presentes no seminário elogiaram as informações divulgadas por  representarem um ponto de partida para o entendimento das mudanças de hábitos no consumo do café. Muitos expressaram ânimo em usar os dados para aprimoramento  das comunicações com os clientes: “Achei ótima a oferta desta pesquisa. Estou ansiosa para começar o amanhã revendo tudo isso que foi tratado aqui” afirmou Salete Carvalho, do Café Casa Verde.

Carmem Souza, Gestora de Projetos do SEBRAE Nacional, congratulou o trabalho da Associação: “Vocês estão no caminho certo, trazendo oportunidades para os industriais tomarem decisões bem informadas”, declarou.

O estudo pode ser conferido na íntegra no site da ABIC.

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Redação: Usina da Comunicação

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