ABIC revela Masterblender do Ano e reafirma o papel da ciência para a pureza e a qualidade do café na Semana Internacional do Café 2025

No evento, a Associação ainda discutiu a relevância internacional do setor com o rebranding de “Cafés do Brasil”

Vencedores do campeonato Blends de Café ABIC
14/11/2025
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A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) participou da Semana Internacional do Café (SIC) 2025, em Belo Horizonte (MG). A ABIC integrou painéis sobre o mercado, com destaque à qualidade do café produzido no Brasil; ministrou palestras e sediou, em seu estande, a final da terceira edição do Campeonato Brasileiro Blends de Café ABIC, além de ativações ao público. 

Autoridades políticas como o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o Deputado Federal Evair de Melo, se encontraram com representantes da ABIC. Personalidades importantes do setor e associados como Pedro Lima, Presidente do Grupo 3 Corações, Jorge Viana, Presidente da ApexBrasil, e Ricardo Tavares, da Montesanto Tavares, marcaram presença no espaço da Associação.

Nova marca “Cafés do Brasil” mostra o que o Brasil faz de melhor

No evento, a ABIC celebrou o lançamento do rebranding da marca “Cafés do Brasil”, que representa a produção nacional dentro e fora do país. A nova identidade fortalece valores globais de responsabilidade social, ambiental e de governança (ESG), que já são parte da cadeia produtiva brasileira, e comunica, de forma clara e assertiva, o que vem sendo feito no país no que se refere à incorporação da tecnologia, desde os anos 1960, e à consolidação da tradição, de 300 anos de cafeicultura, e da transformação, sempre com olhar para o futuro, implementando o conceito de ESG+T. 

Pavel Cardoso, Presidente da ABIC (Foto: ABIC)

Pavel Cardoso, Presidente da ABIC, destacou que o setor tem os requisitos para a visibilidade internacional também graças à grande contribuição das certificações da Associação. Desde 1989, a ABIC atesta a alta qualidade e a pureza do grão nacional.   

 “A nova marca de ‘Cafés do Brasil’ resgata a nossa identidade, celebra a nossa história, une todo o sistema e consolida a presença global. Nos tornamos um ator principal, não apenas na indústria, mas em toda a cadeia de valor, com a percepção do encurtamento desse gap tão pronunciado que nós temos entre a produção e a participação no mundo. Essa não é apenas uma marca, é um momento histórico, uma nova era para os nossos cafés”, afirmou.

Já na Reunião do Departamento do Café da Sociedade Rural Brasileira, Celírio Inácio, Diretor Executivo da ABIC, destacou que a atualização é uma nova fase que orgulha o ecossistema cafeeiro. A liderança também apontou que a indústria vem elevando a qualidade padrão internamente.

“Precisávamos de um símbolo que pudesse fazer a conexão entre o setor. Já existia o Cafés do Brasil, mas não tinha a atenção para que pudéssemos discutir o que significa, de fato, o café do Brasil. Isso, antes de mais nada, tem que se tornar um orgulho do brasileiro. Além disso, nós temos que valorizar os estilos, que têm como objetivo atender as preferências da população. Para isso, precisamos ter tecnologia e qualificação para entregar produtos de qualidade dentro dos valores que cada brasileiro é capaz de pagar”, destacou. 

Reunião do Departamento do Café da Sociedade Rural Brasileira (Foto: ABIC)

Exportação em foco

No painel “Mercado global em transformação: dinâmicas e caminhos”, representantes do café brasileiro trataram das oportunidades e dos desafios da produção no país frente às tarifas globais. Eles acreditam que o Brasil deve investir em acordos bilaterais a fim de alcançar novos mercados. 

O presidente da ABIC defendeu que a indústria nacional é resiliente a esses desafios e tem dois principais impulsionadores da exportação: a certificação da ABIC para cafés especiais, apresentada na SIC de 2023, e o Protocolo Brasileiro de Avaliação de Cafés Torrados, desenvolvido de maneira pioneira pela Associação neste ano.

“Nós temos uma grande oportunidade para as indústrias brasileiras exportarem produto acabado. Encontramos os alicerces para a nano indústria brasileira, que, conhecendo os certificados e protocolos da ABIC, pode entregar os cafés de maneira correta na fase de industrialização”, pontuou.

Cafés com qualidade laboratorial

Durante a SIC, dezenas de visitantes puderam conhecer mais sobre o processo de análise microscópica feita nos laboratórios que verificam a qualidade e a pureza do café que chega ao varejo. No estande da ABIC, dois microscópicos permitiam a visualização do grão moído e uma cientista acompanhava a atividade, com o intuito de esclarecer dúvidas do consumidor e explicar sobre os estilos de café. 

Nesse sentido, a avaliação de produtos torrados foi tema da palestra de Camila Arcanjo, Química e Consultora de Qualidade da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), que abordou o uso da Inteligência Artificial (IA) neste processo. 

Segundo a pesquisadora, a IA ainda não pode substituir o processo de avaliação sensorial humano, que leva em conta atributos, escalas e estímulos que são processados pelo cérebro. Os avaliadores são responsáveis por qualificar nove atributos e 24 notas sensoriais. Apesar disso, a Inteligência Artificial é capaz de contribuir na etapa seguinte, de classificação dos tipos de café como especial, extraforte, gourmet, superior e tradicional. 

Única finalista mulher vence o Campeonato Brasileiro de Blends

Após dias intensos de preparação e avaliação dos blends, Larissa Rinco, da Horlando Agro Coffee, é a grande Masterblender Brasil 2025. A premiação ocorreu na última sexta-feira (7), no encerramento da SIC. No seu blend vencedor ela utilizou 17% do canéfora 03, e 83% do arábica 01. Além do troféu, ela faturou R$ 7.000.

O segundo lugar ficou com Matheus Vazi, da Liv Logística Armazéns Gerais, e estreante no campeonato. Ele também ganhou o prêmio de R$ 4.000. Já Elder Caetano, da Nuance Cafés Especiais, ficou em terceiro lugar e levou R$ 2.000. 

ABIC apresenta soluções para expandir mercado de pequenos produtores 

Além das discussões a nível global, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) promoveu palestras com perspectivas que possibilitam novas frentes ao nano e pequeno produtor. Na quarta-feira (5), Aline Marotti, Coordenadora de Qualidade da ABIC, explicou sobre “Blend como ferramenta de consistência, portfólio e maior lucratividade para torrefações de todos os portes”.

A especialista destacou o significado do blend e como ele é importante para ampliar o portfólio da indústria. “Criar um blend significa misturar uma combinação de elementos distintos. Não apenas as espécies, arábica e canéfora, mas, também, as mesmas espécies de origens diferentes, de fazendas diferentes. Então, precisamos entender, como indústria, que temos essa ferramenta, que é o café, e que podemos brincar de diversas espécies. E, com isso, a gente faz a diversificação em nosso portfólio”, destacou.

Já na quinta-feira (6), Christianne Monteiro, Coordenadora de Novos Projetos e Sustentabilidade, e Giuliana Bastos, Consultora de Tendências de Mercado, ambas da ABIC, explicaram sobre as etapas indispensáveis a quem cultiva o grão e tem vontade de torrar na conversa “Produtores que torram. Um passo a passo para se tornar agroindústria e rentabilizar seu negócio”.

As palestrantes destacaram vantagens da torrefação e do blend no valor agregado do café e os aspectos necessários ao desenvolvimento das práticas. 

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