No dia 16 de maio, o mercado de café deu um importante passo tecnológico. A startup Arabyka, especializada em rastreabilidade via blockchain, implementou a ferramenta em nove sacas do café orgânico da marca Minamihara, exportada para o Japão.
Por meio de um QR Code, o consumidor final terá acesso às informações como época e tipo de colheita, secagem, lote, variedade, tempo de descanso, dia e padrão de exportação. Além disso, outros elos da cadeia, como torrefações e cafeterias também poderão inserir suas informações durante o processo de venda, até chegar ao consumidor final.
A blockchain permite a imutabilidade, a descentralização e a transparência das informações, características fundamentais para a garantia da segurança do alimento. Essas características ajudam a estabelecer protocolos de compliance da produção agropecuária, nas áreas ambiental e trabalhista, cada vez mais necessários para acessar mercados internacionais.
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Em entrevista ao site Folha de Londrina, George Hiraiwa, CEO da Arabyka, afirmou que, pelo fato da fazenda Minamihara produzir um café 100% orgânico e ser transparente com o processo produtivo, o cliente se sente confiante e seguro: “Creio que, em um futuro próximo, o consumidor estará ávido por saber onde e como está sendo produzido o alimento, então, esse processo deverá ganhar muita força. Será uma grande oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo que produzimos alimentos seguros e sustentáveis”, destacou. Já para o lado do produtor, ele pontua que a tecnologia ajuda a garantir a autenticidade e a segurança das informações, conferindo maior confiabilidade aos dados.
Blockchain aproxima consumidor de produtor
Henrique Cambraia, Presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), conversou com o Jornal do Café e comentou sobre o uso da tecnologia como maneira de humanizar o produtor diante dos consumidores: “Esse avanço da blockchain permite que o consumidor possa ter acesso a uma história íntegra e completa do produtor. Essa humanização é importante nas duas vias, o consumidor quer saber de onde vem o seu produto, e o produtor fica orgulhoso em saber que o seu café está chegando de maneira transparente nas casas dos brasileiros”, declarou.
Com informações da Folha de Londrina.