Brasil ganha uma nova indicação geográfica do café

Região de Garça, em São Paulo, é a mais recente indicação geográfica

Indicação Geográfica Região de Garça
Imagem: Unsplash
16/12/2022
Publicado em

No Jornal do Café, já abordamos em diversas matérias as Indicações Geográficas, o termo representa as ferramentas utilizadas para valorizar os produtos e itens produzidos em uma determinada região do país. Além disso, as IGs, como são chamadas, atribuem autenticidade ao local e valorizam as histórias e as culturas existentes por trás das atividades desempenhadas.

Os produtos oriundos das IGs possuem autenticidade, rastreabilidade, segurança e qualidade. Segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o café é o produto brasileiro com o maior número de Indicações Geográficas. No dia 23 de novembro, essa lista se tornou ainda maior, com a Região de Garça obtendo o registro de Indicação.

[Indicações Geográficas do café no Brasil: Matas de Minas]

Conquista da indicação geográfica

O protocolo a fim de a região ser registrada como IG teve início em outubro de 2020, mas de acordo com  Francisco José Mitidieri, auditor fiscal da Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo (SFA-SP) , o trabalho para o reconhecimento começou em 2016 com as fases de prospecção e sensibilização com os produtores:“Foram várias reuniões, várias discussões até que o conceito fosse internalizado”.

Região de Garça é um dos maiores polos produtores de café do estado de São Paulo. A história de seu desenvolvimento está intimamente relacionada à cafeicultura, praticada por mais de 400 famílias nesta região. O local tem mais de 100 anos de história na cafeicultura. A produção cafeeira, durante o século XX, contribuiu na emancipação de alguns municípios do estado de São Paulo e a consequente expansão ferroviária no território.

Os cafés  produzidos na área delimitada abastecem o mercado interno, fazendo parte da composição de várias marcas e blends. Além disso, são exportados para mais de 20 países. Dessa forma, segundo a documentação apresentada ao INPI, pode-se afirmar que a região possui papel estratégico na exportação paulista de café, tendo alcançado, em 2009, seu recorde de exportação. Entre as características únicas do grão da região, são citadas um café encorpado, com acidez equilibrada, doçura natural com notas de chocolate e caramelo, às vezes frutado e cítrico.

Com informações do Governo Federal

Redação: Usina da Comunicação

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