A promoção do consumo de cafés de qualidade sempre esteve entre as principais preocupações da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), motivo pelo qual o Selo de Pureza foi criado. Na Semana do Café, idealizada com o objetivo de gerar conteúdos e informações relevantes sobre o universo da bebida mais amada do Brasil, nada mais justo do que falar sobre o primeiro programa de certificação da entidade, que completa 32 anos em 2021.
O Programa Permanente de Controle da Pureza do Café, como é formalmente conhecido, foi criado em 1989. Ele atesta que a mercadoria é pura e sem adulterações, garantindo a segurança do alimento e impedindo irregularidades. Ele se faz necessário, pois o café é um produto agrícola e pode conter impurezas como cascas, folhas, pedaços de paus e sujidades, necessitando do processo industrial cuidadoso para não comprometer a qualidade e o sabor.
Inovação
Na época de sua implementação (o Selo de Pureza foi lançado antes do Código de Defesa do Consumidor), mais de 30% das marcas analisadas burlavam a legislação ou continham impurezas além do limite de tolerância permitido. Atualmente, menos de 5% são impuras ou adulteradas, e elas representam apenas 1% do volume comercializado no mercado interno.
“O Selo de Pureza é um instrumento importante para auxiliar na identificação da conformidade do produto a ser adquirido, já que não são permitidas substâncias extrínsecas ao grão, como impurezas e matérias estranhas no conteúdo do produto, além de combater a fraude adicionando milho, cevada, centeio, açaí, entre outros. Sendo assim, ele garante ao consumidor a confiabilidade de que aquele café certificado foi produzido conforme padrões e normas rígidas que proporcionam segurança e a certeza de que não oferecem risco à saúde”, explica Isabelly Neves Filgueiras, Coordenadora do Selo de Pureza.
Atenção no momento da compra
Algumas empresas adulteram o produto ou trabalham com um alto índice de impurezas no café. Depois de torrado e moído fica imperceptível o reconhecimento dessas impurezas a olho nu, sendo possível a sua detecção apenas por meio de microscópio com metodologia específica. Para ter certeza que a marca escolhida não possui nenhum tipo de adulteração, basta o consumidor procurar pelo Selo de Pureza estampado nas embalagens. A autenticação ou validação deve ser feita pela leitura do QR Code do selo ou pelo aplicativo ABICafé por meio do código de barras do produto.
Rigoroso processo de fiscalização
A ABIC mantém um monitoramento rígido sobre as marcas associadas aos seus programas de certificação. São mais de 5.000 análises realizadas anualmente com o objetivo de detectar qualquer tipo de irregularidade. As amostras são coletadas nos pontos de venda por auditores independentes, codificadas e analisadas em laboratórios credenciados, garantindo total isenção do processo. O programa só certifica produtos que sejam realmente puros.
As empresas associadas que tiverem seus cafés detectados como impuros ficam imediatamente sem autorização e passam por processo administrativo onde o caso é averiguado. Sendo comprovada a irregularidade, a empresa pode sofrer até mesmo o cancelamento do seu certificado e consequente exclusão do quadro social, só sendo restabelecido sua certificação/associação dada a regularização da empresa.
Redação: Usina da Comunicação.