EMBRAPA desenvolve ferramenta para agilizar novos cultivares de café

Com técnica desenvolvida pela EMBRAPA, é possível identificar plantas com aspectos favoráveis ao cultivo

Inovação EMBRAPA
Imagem: Banco de Imagens EMBRAPA
09/12/2022
Publicado em

A tecnologia é um dos recursos mais importantes do agronegócio brasileiro, pois permite a expansão da produção sem a utilização de mais terra, preservando nosso solo cultivável.  Assim, o investimento em pesquisa é necessário para o setor se destacar.

No segmento cafeeiro, isso não é diferente. Cada inovação permite que a indústria possa melhor atender os consumidores. Recentemente, o EMBRAPA Café anunciou o desenvolvimento de uma ferramenta biotecnológica de predição genômica capaz de identificar aspectos no fruto favoráveis ao interesse da cadeia produtiva.

[Genoma do bicho mineiro do café é sequenciado por pesquisadores]

Entenda a inovação da EMBRAPA

O instrumento é resultado do trabalho dos pesquisadores da Embrapa Café (DF), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Bem como do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).  O documento divulgado pelos estudiosos, intitulado “Aceleração do melhoramento do cafeeiro via seleção genômica: agilidade e eficácia no lançamento de novas cultivares”, mostrou que a aplicação da técnica de seleção genômica ampla (genome-wide selection, ou GWS, na sigla em inglês) permite que o melhoramento genético do cafeeiro se torne mais ágil e eficaz.

Antes da novidade, isso só era possível no cafeeiro já em fase adulta, mas agora a identificação de certos traços acontece de maneira precoce. A presença de determinados marcadores  indica que a planta possui  algumas características, como, por exemplo, resistência a determinada doença, boa produtividade, entre outros. Tal evolução é especialmente importante para o melhoramento de organismos perenes, que geralmente levam muito tempo para atingir a idade adulta ou a fase de produção, como o café.

De acordo com Eveline Caixeta, pesquisadora da EMBRAPA, o GWS contribuiu para o melhoramento tanto do café arábica quanto do canéfora, ao possibilitar a redução no tempo necessário para completar o ciclo de seleção fenotípica: “Obtivemos resultados semelhantes para as duas espécies e para as principais características agronômicas de cada uma delas”.

Segundo a cientista, os estudos de seleção genômica em cafeeiro são ainda incipientes e as informações nessa área são importantes para subsidiar ações de melhoramento da cultura, além de conferirem maior sustentabilidade ao sistema produtivo da cadeia do café.

Redação: Usina da Comunicação

Com informações do EMBRAPA

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