O café, ao longo do tempo, se tornou mais do que um produto. Virou parte importante da identidade das regiões por onde passou. No Espírito Santo, por exemplo, o grão constituiu a principal base do primeiro ciclo econômico da região quando, na metade do século XIX, o cultivo se estabeleceu na parte sul do estado.
Em 1850, já era notável a importância da cultura no setor econômico capixaba. Neste período, surgiram estradas de rodagem, navegação interprovincial, construção de ferrovias e o crescimento das atividades do Porto de Vitória, que beneficiaram ainda mais o desenvolvimento econômico da região.
Hoje, o Espírito Santo é o 2º maior produtor brasileiro de café, e sua paisagem é marcada pelas construções históricas do auge da cafeicultura. O Jornal do Café destacou alguns dos lugares para fazer agroturismo no estado.
Cafeicultura na Região dos Vales e do Café
Composta pelos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Mimoso do Sul, Muqui, Vargem Alta e Marataízes, as construções históricas dessa rota retratam a época colonial, quando o café era a principal forma de desenvolvimento da região. Muqui é o maior sítio histórico capixaba, com mais de 200 imóveis tombados. Lá é possível degustar de uma massa de pastel que leva café.
Mimoso do Sul era a casa dos maiores produtores do ciclo cafeeiro, os visitantes podem conhecer um pouco dessa história no Museu São Pedro de Alcântara, por exemplo. Além da cafeicultura, a região oferece diversas belezas naturais. Marataízes chama atenção pelos seus 25 km de praia, com a Praia da Colônia e a Lagoa do Siri.
[Vale do Café: três motivos para visitar]
Venda Nova do Imigrante
Município na região centro-serrana, onde, em meio às lavouras de café, turistas associam à vivência do cotidiano agrícola ao lazer e à valorização do meio ambiente, Venda Nova do Imigrante foi reconhecido em 2005 como a Capital Nacional do Agroturismo pela Associação Brasileira de Turismo Rural (ABRATURR). Na conquista do título, estão envolvidas 1.500 pessoas, com 300 famílias e 70 propriedades, sete delas dedicadas totalmente ao agroturismo do café Arábica e Conilon.
Lá, os turistas podem visitar lugares como a Fazenda Carnielli, a primeira de agroturismo no Brasil. Ela proporciona aos visitantes o conhecimento de alguns processos de cultivo, da transformação do café, assim como de produtos como: o milho e o leite. No decorrer da visita, com duração de aproximadamente 1h, é oferecido para degustação café e queijo. É possível aproveitar os espaços da fazenda durante uma eco-trilha guiada.
A Fazenda Briochi também é uma opção. Produtora de café há cinco gerações, parte de suas safras são destinadas aos produtos da Terrafé, marca capixaba dedicada à produção de cafés especiais, e a Terra Natal, marca de torrefação de café em Santa Catarina.
Na propriedade, é possível ter contato com animais, conhecer de perto a preparação dos produtos artesanais. São diversas opções, como: queijos, iogurtes, defumados, feijão e cafés finos da variedade arábica, torrado e moído.
Rota Cafés Especiais
Recentemente, o estado ganhou a Rota Cafés Especiais, localizada no município de Marechal Floriano, abrangendo os distritos de Santa Maria de Marechal, Araguaia e Victor Hugo. O trajeto consiste na visita a seis propriedades cafeicultoras. Os turistas poderão participar de degustações não só de cafés, mas de diversos outros itensproduzidos na região.
Assim, o Espirito Santo possui uma variedade de opções para o agroturismo. Neste final de semana, que tal mudar de ares e ir conhecer essas regiões que fazem parte da cafeicultura do país?
Redação: Usina da Comunicação